Justiça concede mais 10 dias para polícia concluir inquérito sobre caso de gari morto por empresário
21/08/2025
(Foto: Reprodução) Quem é o empresário que atirou em gari em briga de trânsito
A Justiça concedeu mais 10 dias para a Polícia Civil concluir as investigações sobre o assassinato do gari Laudemir Fernandes, de 44 anos, pelo empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47. A decisão foi proferida no fim da tarde desta quinta-feira (21).
Na quarta (20), o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) solicitou a prorrogação do prazo para entregar o inquérito. Segundo fontes ligadas ao caso, "embora os investigadores estejam empenhados na conclusão o mais breve possível, algumas informações ainda não chegaram e outras precisam ser analisadas".
O pedido da polícia foi feito um dia depois do empresário Renê Nogueira Júnior, de 47 anos, confessar ter matado Laudemir em Belo Horizonte. Testemunhas disseram que ele se irritou com o caminhão de lixo na via por onde tentava passar com seu carro (leia mais abaixo).
Normalmente, em casos criminais, o prazo para conclusão de inquéritos é de 10 dias quando o suspeito está preso. Com a determinação da Justiça, o inquérito deve ser concluído até o fim de agosto.
Relembre o caso
O gari Laudemir de Souza Fernandes foi morto a tiros no dia 11 de agosto, enquanto trabalhava na coleta de lixo no bairro Vista Alegre, na Região Oeste de BH. O autor do disparo foi o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, que se irritou com o caminhão de lixo bloqueando a via. Após ameaçar a motorista do veículo, ele atirou contra os trabalhadores, atingindo a vítima.
A arma usada no crime pertence à esposa de Renê, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira. Ela passou a ser investigada pela Subcorregedoria da Polícia Civil por possível negligência na guarda do armamento.
Renê foi localizado horas depois em uma academia e teve a prisão convertida em preventiva. Em depoimento, o empresário confessou o crime e afirmou que a esposa não sabia que ele havia pegado a arma.
O Ministério Público solicitou o bloqueio de R$ 3 milhões em bens do casal para garantir futura indenização à família da vítima. A defesa de Renê abandonou o caso um dia antes da confissão.
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O empressário Renê da Silva Nogueira Júnior, casado com a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, foi preso suspeito de atirar e matar o gari Laudemir de Souza Fernandes
Reprodução
Infográfico mostra principais pontos do assassinato do gari Laudemir Fernandes pelo empresário Renê Júnior, que confessou o crime
Arte/g1
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