Amazônia que Eu Quero: especialistas e estudantes debatem bioeconomia no Acre

  • 08/08/2024
(Foto: Reprodução)
Bioeconomia como solução sustentável para as cadeias produtivas no Acre foi tema de painel nesta quarta-feira (7) em Rio Branco. Estudantes acreanos trocaram experiências com especialistas durante painel de bioeconomia do Amazônia Que Eu Quero Geisy Negreiros/g1 Especialistas e estudantes para discutir o uso da bioeconomia para o desenvolvimento do Acre. O encontro, promovido pela Fundação Rede Amazônica, aconteceu na noite desta quarta-feira (7) no auditório do Sebrae em Rio Branco e faz parte do programa Amazônia que Eu Quero. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp O painel tinha como tema "Bioeconomia como solução sustentável para as cadeias produtivas no Acre, com ênfase na produção de biojoias e a cadeia da castanha". Participaram do painel Marcos Maciente, da Unidade de Desenvolvimento de Políticas Públicas do Sebrae; a pesquisadora da Funtac, Rosângela Melo; Dande Tavares da Rede Cooperacre; e Luiz Ricardo da Secretaria de Turismo e Empreendedorismo do Acre (Sete). "É sempre importante a gente sentar para essas discussões. Conversar sobre a Amazônia que a gente quer", ressaltou Débora Holanda, coordenadora do Amazônia Que Eu Quero. Há anos atuando com os processos de produção de castanha no Acre, Dande Tavares comentou o potencial quase ilimitado da espécie amazônica e questionou a falta de engajamento de parte da comunidade para massificar o produto como uma potência econômica. Amazônia que Eu Quero reuniu especialistas e estudantes em Rio Branco Geisy Negreiros/g1 "É um super alimento, é um produto nativo, é compatível com a floresta em pé e sobretudo tem uma extrema relação de tradição e cultura e identidade com as comunidades da floresta. Por que que a gente não tem o Festival da castanha, a Expo Castanha? É como se muitos [amazônidas] se encolhessem, [como se] a sua autoestima ficasse comprometida e aí o que é bom é o que vem de fora, o gostoso é aquela comida que vem de fora. Identidade e cultura tem relação direta com os negócios", afirmou. A opinião foi compartilhada por Rosângela Melo que comentou sobre a importância que a população do estado comece a olhar para o potencial ecológico, econômico e turístico do estado com um olhar diferenciado. "A gente anda pela floresta e a gente encontra gringos, mas mal encontra pessoas do Acre lá. Eu quero que essa floresta também se abra para o povo do Acre", enfatizou. Leia mais "Amazônia Que Eu Quero": conheça quem são os especialistas do painel de Rio Branco Amazônia Que eu Quero: embaixadores do Acre conhecem projeto e falam da expectativa para a temporada de 2024 Já Luiz Ricardo da Sete afirmou que o governo do Acre tem trabalhado em conjunto com artesãos para criar soluções tecnológicas que possibilitem o crescimento do setor. "Quero uma Amazônia que continue Investindo na bioeconomia, na biodiversidade também, que continue apoiando o artesanato local, que é uma riqueza muito grande e também que nós possamos trazer mais tecnologia para desenvolver a nossa Amazônia", ressaltou. Painel do Amazônia Que Eu Quero reuniu especialistas no Acre Geisy Negreiros/g1 Por fim, Marco Maciente lembrou o papel do Sebrae no fortalecimento das microempresas, setor que engloba muitos produtores ligados a bioeconomia. "Ajudamos o estado a criar algumas leis que estão vigentes hoje e que foram políticas iniciadas com debate dentro do Sebrae, na questão da bioeconomia. Temos dialogado com as prefeituras, com o próprio governo do estado e com as lideranças das comunidades para que haja um entendimento, uma simbiose de trabalho que dê as condições necessárias para que esses pequenos produtores possam produzir e comercializar seus produtos de uma forma que não não traga nenhum prejuízo não só para comunidade, nem para Amazônia", finalizou. Nesta quinta (8), o projeto promove ainda um encontro para discussão de políticas públicas para apresentar soluções para o desenvolvimento sustentável na Amazônia. O canvas vai ser feito com uma turma do curso de economia da Universidade Federal do Acre (Ufac) às 19h na sede da instituição. Sobre o Amazônia Que Eu Quero: Concebido em 2019, o Programa ‘Amazônia Que eu Quero’ é uma iniciativa da Fundação Rede Amazônica e Grupo Rede Amazônica que tem por objetivo promover a educação política por meio da interação entre os principais agentes e setores da sociedade, além do levantamento de informações junto aos gestores públicos e da participação ativa da população, por meio de câmaras temáticas estabelecidas pelo programa, como foi o caso da edição de 2023 que discutiu três eixos centrais Educação, Turismo e Conectividade no contexto Amazônico. 'Amazônia Que Eu Quero 2024': assista ao painel 'Bioeconomia como solução sustentável Reveja os telejornais do Acre

FONTE: https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2024/08/08/amazonia-que-eu-quero-especialistas-e-estudantes-debatem-bioeconomia-no-acre.ghtml


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